Deixa estar…

Era uma estrela perdida no céu chorando a chuva da noite. Uma estrela piscando firmamento, o firmamento desconcertado na manhã do sonho maduro. Contou nos dedos o cálculo, o passado, o tempo corrido, o vento correndo desde o último choro. Não há memória, escapava a precisão visualizável na condição motora dos dedos.Fingiu tentar, não encontrava…

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Esquecimento – trecho

(…)Eu interroguei o mundo para saber se aquela volta até o depois do último grau de consequência, se aquela volta era para mim… Na interrogação balançava: que mundo? onde está ou onde é? qual mundo? que mundo é? Na minha interrogação pendurava-se o oco embrulho de um resquício brilhoso de lágrima parada em olhos movediços…

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Casa na árvore, girassóis nas mãos…

Quando abrir os portões: aprender a costurar, casar vestindo azul, pintar um quarto, pendurar os quadros, as paredes, as cadeiras. Pintar as linhas, as entrelinhas, pintar as fissuras, a reinvenção das cores dos olhos, o leito das letras e as curvas do mar.Quando abrir o portão: preparar café, contar as colheradas, sentir na boca o…

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Pipoca doce…

Sábado comi pipoca, sexta-feira também. Fiz pipoca de jantar, talvez amanhã outra vez… Como pipoca olhando pela janela, escutando a fissura na pele como um teque-teque de letras saltitantes. Várias vezes na semana, não é raro, pipoca como janta. A panela é pequena para a quantidade de grãos que pulam contra o guardanapo preso fechado…

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