Eu pássaro

Era sono, os olhos pesavam.Era luz caindo a tardeDerrubando um domingoO dia entristecido.A tristeza fora feita com gosto.Hoje tenho saudade.E o que consola é pássaro aparecidoDesaparecidoQuando apareço na janelaEscondidaEm frente a xícara.Tudo se esvaziaarmários,árvores, raízes.Todos se esvaziam…Vozes, cascas, pedrase nomes.Tudo se esvazia,Encho-me do vazio vazioEsvazioSilêncioTotalIndício nenhum de algum qualquer alguém.SópalavraQue quero sem matériasem palavra.Esvazia-se sóa…

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Excessos (parte)

Sylvia nunca me esperou. Vitor não soube meu nome. As esquinas não sabem onde estou. Meu estômago roncava querendo botar pra fora a tempestade tropical, os calos na garganta eram silêncios apertados. Eu queria desaguar nos olhos Eu estava seca queimada como floresta esquecida… Esquecida e abandonada nos corpos vivos queimados até a raiz. Queria…

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Minha língua roça o mundo

Estão por aí, no mundo, alguns livros que nos encontram e nos levam para lugares que não sabemos localizar no mapa… Esses livros respingam certa nostalgia que nos dias seguintes, ao fechar a última página, ficamos por vasculhar um não sei ao certo o que é, permanece a sensação. É como um sonho que sabemos…

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