Sun waves and salt

Diante do mar apenas. A roupa molhada. Calças longas, amareladas como bege. Camiseta branca, toda costurada leve estampada, talvez ilustração do esporte sobre um trecho infantil. E o corpo, ainda recente, ainda em fase crescente, os ossos e os tecidos, talvez ainda em tempo de novos dentes… No corpo colorido de sol exposto ou de…

Continue lendo

Da feira do largo

1. tentativa: semáforo fechado lida ela na linha nos dedos do crochet anúncio o companheiro entre os carros paçoquinhas e guardanapos nas ruas cruzadas o cruzamento das pernas dos freios da fachada dos fechos o dia depois do sábado na música e nos cheiros violino e cordas sem braço a música de quem vê o…

Continue lendo

Das boas coisas que vivi na FLIP:

as cores das fitas embalando o vento, coloridas, as bandeirinhas para lá e pra cá… os horários marcados deixados para estar, passar-se ao lado, desobrigar, se perder e esquecer tudo que há… andar, andar trôpega entre pedras secas molhadas, pedras caminhadas em patas, pés, passos, ritmos, copos, ritos, pedras poetizadas… chegar antes de estar pronta,…

Continue lendo

Pedra na janela

Sal, páprica, todos os temperos ali. A pedra da rua bate no vidro. Pela estrada perdeu-se o dia, o rastro do tempo, o lastro do pulso, o contratempo. O compasso é dado pelo grito, um quiabo caído, um pontinho verde no mar de asfalto, batucado nos pés sem saltos e tantas vezes sem saldos, salgados,…

Continue lendo

Óculos e vita K7

Não ouso intervir a manhã que se silencia estranhamente, bate o vento sobre as plantas molhadas do amanhecido úmido de um quando havia considerado ler em voz alta. Aquieto para não alterar a cadência, quando os pássaros não chegam e cantam longe e quase tarde os pedreiros já subiram as escadas, chinelo nos dedos. No…

Continue lendo

Como algumas coisas chegam ao fim. Fim.

É interessante pensar como algumas coisas chegam ao fim… Dizendo, seria como dizer: Acordo o sábado de manhã sentada na beira do colchão enquanto leio uma newsletter que fala sobre Borges, Ficções. Estou ao meio do texto, interrompida na leitura lente das linhas nas entrelinhas, com as ranhuras – DNA (ou ficcionalizações) -, de uma…

Continue lendo

A perspectiva…

i. Adormeço. Na ponta do dedo a porcelana segura. No dedo mindinho a maciez agreste ruidosa ranhosa do tapete. O chão na textura, o fresco ofusca, se afresca fresta nos rumos em branco. Pratos e taças e xícaras caminham sobre, flutuam e param. Embora digam que vão, não sabem pra onde… Cobrem os fios linho…

Continue lendo