i. Adormeço. Na ponta do dedo a porcelana segura. No dedo mindinho a maciez agreste ruidosa ranhosa do tapete. O chão na textura, o fresco ofusca, se afresca fresta nos rumos em branco. Pratos e taças e xícaras caminham sobre, flutuam e param. Embora digam que vão, não sabem pra onde… Cobrem os fios linho nos fios linha da pele. Adormecida sonha no tempo acabado… ii, Um prato, uma tigela, um pires e meu braço de xícara ancorado na curva granulada entre quartzo e argila juntados no molde mão mole de fogo feito enquanto o tempo se desmancha manchando o tudo da canção a terminar… Me deitaram de branco e em branco me encardo de silêncio e se o vento fotográfico bater do fundo sonoro, a miragem de objetos falantes acolchoantes ainda ecoará a infância brincada aos pés da praia das nuances da toalha que fez da mesa esconde esconde. A tigela se desenha poço e das bordas encardidas do céu falam silêncios. Na ponta do corpo pode ser que, um dia nunca, eu caia inebriada inquebrável mergulhando, maravilhada, de tapete… ii, Do objeto… Prédio Cogumelo Avião E se eu pensasse pela perspectiva de… iii, Sou Não sendo Des…cendo Rua abaixo Escada caio Aterrissagem Decolo no avesso soa som Letras em perspectiva das perspectivas letras nas letras em perspectiva. RJ - 15.04.25 Exercício de fotografia e arte